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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

JOSÉ MOREIRA DA SILVA
( BRASIL – RIO GRANDE DO SUL )

 

Advogado, cronista, poeta. Ativista cultural. Nasceu a 24/06/1927, em Paudalho, Pernambuco, e faleceu em Porto Alegre, em 01/04/2020. Foi Oficial do Exército Brasileiro, escritor, poeta, ativista cultural e maçom
Publicou “Paixão – Fruto maduro – Infinito”, poesia -
Porto Alegre: Edicom, 1999.
Idealizador e presidente da Academia Literári Gaúcha -AÇGA, desde a sua fundação, em 1944.
Membro titular na Academia de Artes, Ciências e Letras Castro Alves.
Do Partenon Literário, do Grêmio Literário Castro Alves e da Casa do Poeta Riograndense.
Participou da Antologia Del-Secchi XI  ao XIV.
Reside em Porto Alegre- RS.

 

ANTOLOGIA DEL SECCHI,  2005   Volume XV,  Rio de Janeiro: 328 p. 14 x 21 cm  ISBN 85-8649-14-3 No. 10 231
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito, Brasília, novembro de 2024.

 


AINDA QUE...

Ainda que caiam sobre mim todos os ciclones
e as pedras do mundo fiquem sobre o esqueleto;
ainda que o vento me leve para os confins da terra
e more em subterrâneos
por mais alguns milênios;
ainda que caiam sobre mim blocos das pirâmides
e as ondas do mar cubram tudo o que restar;
ainda que me tornem no limo sujo das crateras
e nas moneras não possa encontrar abrigo;
ainda que me dividam, em pedaços tão pequenos,
que, neste milênio, o microscópio não me veja;
ainda que toda a ira do mundo caia sobre mim
e os poderes do sistema me transformem em pedra;
ainda que minhas cinzas sejam jogadas no mar
e todos os papados deste mundo me excomunguem;
ainda que me lancem ao inferno, em fogo eterno,
continuarei dizendo que o homem é injusto,
quando, despido de humanidade, esquecido
de que o outro é um ser, seu igual,
quer somente o ouro e o poder!

 

 

VENZON, Altayr; MONCKS, Joaquim; RODRIGUES, Darcila (organizadores). Antologia da Casa do Poeta Rio-Grandense Coletânea Literária.    Porto Alegre/RS: Antonio Soares /Edições Caravela, 2025.  216 p. ISBN 978-85-8375-027-7 
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo Brito (livreiro) em 2024.

 

Como poder te amar?

Como poder te amar
Perto ou distante,
Com pureza e encanto
De um lírio silvestre,
E que este amor
Assim, tivesse
Um dom, que não se acabe,
De ser eternidade
Num instante?


Imagética

Entre a realidade e o sonho,
Pensei-te, de uma forma
Matemática,
Geométrica,
Trigonomética.

Naquele tempo,
Eu estudava ciências exatas
E te queria assim:
Esquadrejada,
Com linhas curvas e retas,
Na exata medida
Dos meus números.

Naquele tempo,
O egoísmo era o rei
De todas as conjeturas.

Hoje, te quero como és,
Sem modelo,
Humanamente livre,
Sei o que é gente,
Plasmada em genes
Multifacetados.


Uti

Imagens tristes e atormentadas povoam o mundo,
 Somente sombras e espectros do que foram
Dançam na sala vazia.

Nos vitrais, mariposas
À procura de luz,
Mas a luz fugiu.

O que resta do lado de dentro
É um velho carregado de lembranças
Do tempo que o vento levou.

Não há mais vinho no cálice,
A vela apagou.
— A noite cobre-se de sonhos
E fantasmas!


ausências II

Olhos cansados de horizontes,
busquei, incontido
a tua silhueta.
Não sei onde foram parar
os teus olhos,
teus cabelos,
a pele trigueira,
aquele jeito de quem quer...
mas não diz.

Muitas vezes adivinhei
o teu querer.
Como era boa a gota de mel
dos teus tenros lábios.


Agora,
só a saudade fala.
E orava punhais
de ausência.


ANTOLOGIA DEL ´SECCHI,  2008. Organização Roberto de Castro Del´Secchi.  Rio de Janeiro:  Del´Secchi, 2008.  404 p. 14 x 21 cm  ISBN 85-86494-14-3 
No. 10 253
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
 

 

               S O S

Ó habitantes da terra brasileira,
que sabeis de enigmas e miséria,
de Ali Babá e os quarenta ladrões?
Eles nasceram qual inço nos jardins,
no limo sobre os muros
e torres de palácios;
micróbios, sanguessugas, mensaleiros,
mascarados, dançarinos, fraudulentos,
com lunetas apontadas ao Tesouro,
às estatais e onde corre vil metal,
em verdadeiro carnaval de banditismo,
nesta república velha podridão,
mamando o leiro gordo do trabalho
de calejadas mãos.

Enquanto a cesta básica engana o pobre,
a ira nasce bomba fulminante;
o Rei solta seus cães farejadores,
no covil a algema funciona,
mas logo vêm dragões de arma em punho
e palavra afiada em parlamento,
cortam algemas, grades e correntes.

Chora a Ética,
e as lágrimas são tantas,
que a Flama verde clama
a Deus, por Direito e Justiça,
porque não se acredita mais nos homens.    

*
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/pernambuco/pernambuco.html

Página publicada em fevereiro de 2025.

 

 


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Página publicada em dezembro de 2024


 

 

 
 
 
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